No final da II Guerra Mundial, Louis Renault foi preso em Fresnes, a 23 de Setembro de 1944, acusado de colaboração com os nazis e morreu a 24 de Outubro de 1944 na clínica de Saint-Jean-de-Dieu para onde foi transferido do presídio. A certidão de óbito indica envenenamento generalizado, provavelmente devido à falta de tratamento adequado aos problemas de ureia de que sofria.

Nascido em 1887 no seio da alta-burguesia parisiense, foi um dos pioneiros da história do automóvel, inventor e piloto na viragem do século XIX para o século XX. O pai era um comerciante de sucesso, mas Louis mostrou muito mais interesse pela mecânica do que pelos tecidos que faziam a riqueza da família; mas depois da morte do seu irmão Marcel Renault no Paris-Madrid de 1903, concentrou-se na gestão da Renault.

Afirmou a marca e construiu um império, mas também coleccionou inimigos. A "Time Magazine" descreve-o como "rico, poderoso e famoso, conflituoso, brilhante e às vezes brutal, o pequeno Napoleão de um império automóvel (...) vulgar, vistoso, impaciente, era um terror para os parceiros, um amigo de praticamente nenhum".